sexta-feira, 20 de setembro de 2013

FILHOS DE FAMOSOS PORTADORES DE SÍNDROMES DIVERSAS




-O MODO COMO OS PAIS ENCARAM O PROBLEMA CONTA MUITO NA OPINIÃO PÚBLICA

-A REALIDADE DEVE SER ACEITA COM RESIGNAÇÃO









Com vistas ao tema escolhido, quero aqui ressaltar que ninguém está pretendendo falar mal de quem quer que seja. Uma vez  sabido que em se tratando de famosidades a curiosidade tende a se aflorar cada vez mais, a categoria, vinda de formador de opinião o que não deixa de nos dar sempre uma proveitosa lição.

Se quisermos inteirar de tais situações, acima de tudo, pretendemos aprender e, sobretudo considerar, ainda mais, quando se diz  respeito a um deficiente que mesmo diante da condição a que lhe assiste não está descartada a possibilidade de se incluir em comum com a população.
                                                                                                  
OS CAÇULAS GÊMEOS DO CASAL ANGELINA JOLIE E BRAD PITT-  Knox e Vivienne, teriam uma síndrome que aparenta os sintomas da síndrome de dawn. De acordo com a revista Star desta semana a publicação traz logo  na matéria da capa o assunto que diz que ambas as crianças de dois anos, são diferentes dos manos quando tinham a mesma idade. Os gêmeos, com menos desenvoltura não assimilam bem as palavras nem identificação das coisas além de confundir nomes etc.
Ademais, a mamãe Jolie já teria se irritado com um empregado prosa-ruim, que a fizera essas observações, desrespeitando-a como patroa. Certamente.

RAFAELA JUSTUS, 2 ANINHOS, filha de Ticianne e Roberto Justus pode ter síndrome de Crouzon. Parece ter as características pertinentes, como deformidade do crânio, olhinhos para fora e ou afastados, queixo para frente,  lábio superior curto...
Especulado por estudiosos em maior profundidade o caso em pesquisa tivera como princípio básico as próprias fotos deixadas evidentes nas manchetes, alguns, comprovantes genéticos acentuados. A opinião pública, por outro lado,prefere acreditar na possibilidade de outra  identificação física com a síndrome de Apert.
Com alterações no esqueleto e crânio embora de rara incidência a Síndrome de Apert é um defeito genético e faz parte das quase 6000 síndromes genéticas conhecidas. Tanto pode ser herdada de um dos pais ou pode ser uma mutação nova. Também caracterizada pela má formação específica do crânio, terço médio da face, mãos e pés, além de diversas alterações funcionais que variam de indivíduo parta indivíduo.
                                                                            
SÍNDROME DE KAWASAKI foi a síndrome que acometeu o filho de John Travolta, Jett Travolta,  morto em 2009 depois de bater a cabeça em conseqüência de ataque resultante do referido mal.
O filho de Backstreet Boy, o pequeno Baylee também sofre da doença e vem  amargando entre os acometimentos a artéria coronária abaixo da normal.      

EX- JOGADOR ROMÁRIO tem na filha caçula, portadora de Síndrome de Daw, a sua razão maior de viver. No Dia Internacional da Síndrome de Daw, Romário foi entrevistado numa Emissora de Televisão onde declarou o orgulho incondicional que nutre pela filha Ivy de 6 anos.Declarou ter sido radical à  mudança da sua vida depois que a sua filha nasceu. A Síndrome de daw é responsável pela alteração cromossomica21 (Em vez de 3). O carro chefe da campanha de Romário para deputado foi a causa da filha, que ora abraça.
Em contrapartida nem tudo está perdido.Há quem enxergue  em BILL GATTES sinais de síndrome de ASPERGER, uma forma branda de altuismo. Dizem que quem consegue lidar com tal distúrbio pode-se tornar um profissional brilhante.

Jô Soares revela que se inspirou no filho autista para montagem da peça “Três Dias de Chuva”

 
 
 
 
 
 
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CapturaroRafael Soares, filho com autismo de Jô Soares e Theresa Austregésilo
SÃO PAULO – Jô Soares contou que foi o filho, Rafael, nascido em 1964, quem o inspirou para a montagem da peça “Três Dias de Chuva”, em cartaz em São Paulo. Jô Soares diz que ele tem dificuldades e ao mesmo tempo capacidades excepcionais.
O apresentador, que dirige o espetáculo, se baseou no próprio cotidiano para dar vida à obra de Richard Greenberg – que trata de conflitos de gerações de uma família.
“Eu tenho um filho autista, com uma série de problemas que se agravam. E isso é uma condição genética. Fica difícil se comunicar com ele”, fazendo referência ao primogênito, fruto de seu relacionamento com a atriz Theresa Austregésilo.
O apresentador e escritor compara o filho com o personagem de Justin Hoffman, que fez um autista no filme Rain Man, de 1988. Rafael toca piano, faz programa de rádio em casa, fala inglês, e aprendeu a ler sozinho aos 4 anos de idade Rafael possui uma boa capacidade de comunicação e inteligência, mas tem dificuldades motoras e vive em uma espécie de mundo particular.
“Tenho um filho de 41 anos autista… Quando ele gosta da música, a vizinhança sofre, daí tenho que gritar, Rafael, abaixa isso…”
O artista assegurou ainda que aprendeu a viver com a condição do herdeiro e que não se deixa levar apenas pelo lado negativo. “Mas você não pode deixar que isso seja o foco principal da sua vida, porque, se deixar, não faz mais nada”, completou.
Fonte: MSN

FORMAÇÃO EDUCAÇÃO ESPECIAL

Encontro da Formação de Educação Especial com o  Tema: Práticas Educativas: Adaptação Curriculares, aconteceu hoje, 19/09, na GRE Sertão do Alto Pajeú. Orientadoras: Miriam e Patrícia Roberta. Contamos com a presença de educadores de apoio, professores de classes especiais, de salas de atendimento e coordenadores municipais. Confira as fotos:




quarta-feira, 18 de setembro de 2013


 O que é Implante coclear?

Uma luz no fim do túnel para as pessoas com deficiência auditiva


   O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral.
O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som.
Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear.


 

Pessoas com implante no município de Solidão.


Maria Clara, 6 ano, filha do casal Emerson e Norma, implantada em Beuru-SP
Jonathan Filho, 12 anos, filho do casal Jonathan Melo e Magda, implantado em Recife PE
O implante coclear fez e faz a diferença na vida dessas famílias e precisa ser divulgado para que mais pessoas tenham acesso a esse milagre da medicina.
 

Bel Kutner: "Quem tem uma pessoa autista na família, tem que pedir ajuda"

Intérprete da enfermeira Joana, de "Amor à Vida", atriz conta como lida com o distúrbio do filho Davi e diz que ter cuidado de sua mãe, Dina Sfat, morta em 1989, ajudou na construção de sua personagem

 

 (...)

iG: Você também tem que dar uma atenção a seu filho Davi (diagnosticado com síndrome de esclerose tuberosa e autismo). Como ele está?
Bel Kutner:  Pois é, ninguém aqui tem uma vida regradinha. Minha vida é muito organizada em função do trabalho e do meu filho. E eu ainda tenho um namorado maravilhoso, mas que é super atarefado e dedicado à vida profissional dele, então a gente vai dando o nosso jeito sempre. O Davi está ótimo, fofo, enorme e cheio de atividades. Já está com sete anos, falando pelos cotovelos, vivendo no tempo dele.

iG: Quais são as dificuldades de criar um filho autista?
Bel Kutner: Acho que quem tem uma pessoa autista na família tem que pedir ajuda, tem que estar com outras pessoas, porque não têm dois autistas iguais, mas têm vários pontos em comum entre eles. A família precisa muito de tratamento. As pessoas que convivem com essa doença precisam de apoio, orientação, um direcionamento e tratamento, porque têm coisas especificas que você passa. Com uma criança autista, você pode criar um mal habito que pode virar um condicionamento errado, e daí para mudar esse padrão é muito pior. O autista precisa de uma atenção dez vezes maior. É muito delicado, porque na melhor das intenções, você pode estar diminuindo a autonomia daquele indivíduo.
iG: E como é o dia-a-dia do Davi?
Bel Kutner: Estou com ele todos os dias, todas as horas e momentos que não estou trabalhando. Ele frequenta um curso que tem várias atividades especificas com crianças portadoras de autismo, além de ter contato com psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogo. Neste centro que eu vou, também tem a terapia para os pais. É um acompanhamento bom que eu faço.

AgNews
Bel Kutner e Davi passeando pelo Rio de Janeiro

iG: O autismo é abordado na novela através da persoanem da Bruna Linzmeymer. Acha que ela e o núcleo estão conseguindo passar o que acontece com as famílias que convivem com a doença?
Bel Kutner:  A Bruna está perfeita e a família também. É daquele jeito mesmo: muitas crianças ficam isoladas, o que não pode. A novela vai mostrar uma coisa muito bacana, que o autista na verdade está atento a tudo, percebendo muito mais do que as pessoas imaginam, ouvindo tudo, mas não consegue muitas vezes se expressar. O que é comum são as pessoas falarem coisas na frente de crianças e até de adultos autistas, que não poderiam, alegando que eles não entendem, que não escutam, que só vão ficar prestando atenção na mão delas, nos desenhos. Isso não é verdade.
iG: Acha que a novela pode ajudar a desmistificar um pouco o assunto?
Bel Kutner:  Sim, é maravilhoso e emocionante ver o assunto sendo explicado em uma novela. Acho que vai ajudar a criar uma consciência nas pessoas, mesmo quem não tem nada a ver com o assunto, de que isso existe e precisa, no mínimo, ser respeitado. Algumas situações ficam muito desagradáveis por pura ignorância das pessoas. Muitas vêm abordar de uma maneira errada, com preconceito. 


iG: Pode dar um exemplo?
Bel Kutner: Ah, às vezes você está em um lugar e a criança começa a ter um ataque e você não tem o que fazer, você não deve privar, mas aí tem que escutar: ‘Essa mãe aí, toda nervosa, toda estúpida, estressada...’, ou ainda, ‘Nossa, olha essa mãe passiva, que está deixando o filho se jogar no chão’. Dependendo do que a criança tem, se os pais tentarem segurar, é pior, se tentar gritar, é pior. E o que você aconselha a uma pessoa dessa? Deixar o filho trancado em casa? É muito pior. É importante para eles terem contato com o mundo.



Síndrome X Frágil


A Síndrome X Frágil (SXF), também conhecida como Síndrome Martin-Bell, é uma doença genética considerada a causa mais comum de retardo mental herdado, com uma incidência estimada em 1/4000 homens e 1/6000 mulheres.

Essa síndrome ocorre em virtude de uma mutação no gene FMR1 (Fragile Mental Retardation 1), localizado no cromossomo X. Os homens afetados por essa síndrome a apresentam em grau moderado; enquanto as mulheres a apresentam em grau leve, podendo ter o funcionamento mental normal.

A Síndrome X Frágil é mais frequente no homem, talvez porque ele possua apenas um cromossomo X. Portanto, sendo esse X defeituoso, não haverá outro X sadio para compensar, como ocorre na mulher, que tem dois cromossomos X.

As pessoas afetadas por essa síndrome apresentam algumas CARACTERÍSTICAS FÍSICAS que podem se tornar mais evidentes após a PUBERDADE, são elas:

- Face alongada;
- Orelhas grandes e em abano;
- Mandíbula proeminente;
- Testículos aumentados (macrorquidia).

ALGUNS INDIVÍDUOS PODEM APRESENTAR AINDA ALGUMAS CARACTERÍSTICAS, COMO:

- Hipotonia muscular;
- Comprometimento do tecido conjuntivo;
- Pés planos;
- Palato alto;
- Prolapso da válvula mitral;
- Prega palmar única;
- Estrabismo;
- Escoliose;
- Calosidade nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos);
- A característica mais significativa de uma pessoa afetada por essa síndrome é o atraso no desenvolvimento, mas é IMPORTANTE LEMBRAR QUE OS GRAUS DE DEFICIÊNCIA DAS CRIANÇAS PORTADORAS DA SÍNDROME X FRÁGIL SÃO MUITO VARIADOS.


Os indivíduos portadores dessa síndrome podem apresentar algumas CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS, como:

- Excelente memória;
- Bom vocabulário;
- Habilidade para leitura;
- Facilidade na identificação de sinais gráficos e logotipos;
- Uso de jargões e frases de efeito;
- Seguem instruções ao “pé da letra”;
- Fala repetitiva;
- Podem dar importância a aspectos irrelevantes;
- Ecolalia (repetição de fonemas).

O DIAGNÓSTICO
dessa síndrome é feito através de exame citogenético (cariótipo). É importante lembrar que se for diagnosticada a Síndrome X Frágil, os outros membros da família também deverão se submeter ao exame.

O TRATAMENTO
da Síndrome X Frágil consiste em terapias especiais e estratégias de ensino que ajudam as pessoas afetadas por essa síndrome a aumentarem o seu desempenho. Uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, neurologistas, e outros profissionais, tanto da saúde como da educação, devem fazer o acompanhamento do indivíduo acometido por essa síndrome.


Por Paula Louredo
Graduada em Biologia
fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/sindrome-x-fragil.htm

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Inclusão de alunos com deficiência intelectual cresce e desafia escolas

Alunos com síndrome de Down e autismo exigem professores capacitados.
Fã de Sean Penn, ator de 'Colegas' estudou em escola especial.

Ana Carolina Moreno e Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
57 comentários
O ator Ariel Goldenberg, de 32 anos, espera que o premiado “Colegas”, que estreou nesta sexta-feira (1º) no cinema, contando as aventuras de três jovens com síndrome de Down que fogem de uma instituição assistencial (veja a crítica do filme), chame a atenção para a inclusão das pessoas com deficiência intelectual na sociedade, a começar pela escola. “Queremos que as pessoas olhem para os deficientes com outros olhos”, diz Ariel, que ficou famoso nas redes sociais após a divulgação do sonho de receber uma visita do ator norte-americano Sean Penn.
A presença cada vez maior de alunos com deficiência intelectual no sistema educacional convencional está obrigando as escolas a adaptarem seus conceitos pedagógicos.
Lettícia da Silva Santos Azevedo, de 7 anos, tem sindrome de Down e estuda na Escola Municipal Celso Leite Ribeiro Filho, em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)Lettícia da Silva Santos Azevedo, de 7 anos, tem síndrome de Down e estuda na Escola Municipal Celso Leite Ribeiro Filho, em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)
Segundo o Censo Escolar, entre 2005 e 2011, as matrículas de crianças e jovens com algum tipo de necessidade especial (intelectual, visual, motora e auditiva) em escolas regulares cresceu 112% e chegou a 558 mil. O Censo Escolar não diz quantas destas matrículas são de alunos com síndrome de Down, outra deficiência intelectual ou autismo. O Censo do IBGE, porém, aponta que, em 2010, 37% das crianças com deficiência intelectual na idade escolar obrigatória por lei (5 a 14 anos) estavam foram da escola, número muito superior à média nacional, de 4,2%.
Outro indicador do aumento da inclusão: as matriculas das crianças com deficiência em escolas especializadas e as classes exclusivas nas escolas comuns caiu 48% de 2005 para 2011, quando foram registradas 193 mil matrículas.
A escola é a instituição responsável por introduzir a criança na vida pública. E você não pode dizer que esse aqui vai ser introduzido na vida pública e esse não"
Maria Teresa Eglér Mantoan,
coordenadora do Leped-Unicamp
Apesar de a inclusão de crianças e jovens com algum tipo de deficiência nas escolas regulares ter aumentado nos últimos anos, são grandes os desafios de preparar os professores para mantê-las na sala de aula com os demais colegas, e de receber as crianças que ainda estão excluídas.
O modelo de só transmitir o conhecimento do currículo básico já não é mais suficiente. Segundo a professora Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a inclusão aparece para mostrar que todas as pessoas são diferentes, algo que a escola não quer conceber. “O senso comum nos faz pensar muito mais na identidade do que na diferença, porque é muito mais fácil. Mas a diferença se apresenta, e você tem que lidar.”
O ator Ariel Goldenberg e a mulher dele, Rita Pokk, protagonistas do filme 'Colegas' (Foto: Raul Zito/G1)O ator Ariel Goldenberg e a mulher dele, Rita Pokk,
protagonistas do filme 'Colegas' (Foto: Raul Zito/G1)
Segundo ela, o mais importante para uma criança com deficiência não é aprender o mesmo conteúdo que as outras, mas ter a possibilidade de aprender a colaborar, ter autonomia, governar a si próprio, ter livre expressão de ideias e ver o esforço pelo que consegue criar ser recompensado e reconhecido. “A escola é a instituição responsável por introduzir a criança na vida pública. E você não pode dizer que esse aqui vai ser introduzido na vida pública e esse não”, diz a educadora.
Escola regular ou especial?
Na década de 1980, quando o ator Ariel era menino, prevalecia o conceito de que crianças como ele deveriam estar em instituições exclusivas para dar assistência à suas necessidades, e não em uma escola regular. Ariel chegou a fazer o maternal em uma escola comum, mas foi matriculado aos cinco anos na Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (Adid), onde seus “colegas” também tinham a mesma síndrome que ele.
ENTENDA A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
O que é?
Na Deficiência Intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive.
Como acontece?
É resultado, quase sempre, de uma alteração no desempenho cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas no parto ou na vida após o nascimento.
Principais tipos
Alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
O que é Síndrome de Down?
É uma alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto, podem aparecer distúrbios como hiperatividade e depressão.
Quais são outras deficiências intelectuais?
Síndrome do X-Frágil, índrome de Prader-Willi, Síndrome de Angelman, Síndrome Williams, entre outras.
O que é autismo?
O que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse.
Fontes: Apae-SP e Associação de Amigos do Autista
“Apesar de ser politicamente correta a inclusão, acho que às vezes os pais focam tanto na inclusão que esquecem o incluído. Achei que era melhor ele estudar em uma escola que estivesse no ritmo dele”, explica a artista plástica Corinne Goldenberg, mãe de Ariel, que se preocupava com o possível sofrimento de ver o filho ficar para trás em relação aos demais alunos. “O que o Ariel aprendeu, ele aprendeu na escola especial.”
Naquela época, era comum que as escolas recusassem a matrícula de alunos especiais. Foi o que aconteceu com Rita Pokk, “colega” de Ariel no filme e esposa do ator na vida real. “Bateram a porta na cara da minha mãe um monte de vezes”, relembra Rita, hoje com 32 anos. Ela conseguiu ser matriculada em uma escola particular aos 12 anos, depois de muito esforço da mãe. Para que a filha, já maior de idade, pudesse frequentar a quinta série no supletivo, a mãe precisou se matricular, fazer as provas e assistir às provas com a filha. Na sétima série, Rita percebeu que o currículo estava avançado demais para ela, e trocou a escola regular pela Adid para fazer amigos. Lá, ela fez teatro e conheceu Ariel.
Hoje, a ONU e o governo brasileiro defendem que o lugar de todas as crianças é a escola convencional. O modelo aplicado pela rede pública de ensino é estruturado de forma a manter os alunos especiais na sala comum, mas com atividades de apoio individualizadas no contraturno, já que o aluno com deficiência intelectual tem outro ritmo de aprendizado, que em geral não corresponde ao que a escola está acostumada a esperar. Edna dos Santos Azevedo, mãe da aluna Lettícia, de 7 anos, diz que a filha matriculada na Emef Celso Leite Ribeiro Filho, na região central de São Paulo, exige mais atenção e paciência para aprender.
Lettícia da Silva Santos Azevedo, de 7 anos, tem sindrome de Down e estuda na Escola Municipal Celso Leite Ribeiro Filho, em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)Lettícia está integrada aos outros colegas e tem as
mesmas exigências que eles (Foto: Raul Zito/G1)
'Tem de se sentir igual'
Edna, no entanto, nunca cogitou matricular a menina em uma escola especial. “A evolução da Lettícia [em uma instituição só para alunos especiais] teria sido mínima, ela é muito esperta.” Para a mãe, a convivência com as outras crianças só traz vantagens. Ela diz que a filha nunca sofreu preconceito ou bullying por parte dos colegas. Pelo contrário, é querida pelos amigos, que se oferecem para ajudá-la em várias situações e se preocupam quando ela falta à escola.
A garota reconhece todas as letras do alfabeto, lê e escreve algumas palavras e aprendeu a falar as cores em inglês. Na aula, a professora Maria Luiza de Oliveira Marques diz que Lettícia participa das atividades e interage na hora da leitura. “Ela é bem resolvida e independente”, diz a professora. A deficiência não é motivo para que Lettícia seja poupada de alguma regra na escola. “Lettícia tem de se sentir igual, se a cobrança não for igual, não há inclusão”, diz a vice-diretora da Celso Leite Ribeiro, Leni Aparecida Villa.
Além da escola, Lettícia faz atividades na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo para estimular raciocínio e coordenação motora. Com anos de experiência no trato com crianças e jovens com deficiência intelectual, Valquíria Barbosa, gerente de serviço sócio-assistencial da Apae de São Paulo, afirma que a criança com deficiência exige aulas mais lúdicas, repetições e um currículo flexível. Na ausência desses itens, a verdadeira inclusão fica comprometida.
Crianças não têm preconceito, elas aceitam os colegas. O adulto, sim, precisa saber lidar com isso"
Valquíria Barbosa,
gerente da Apae-SP
Para Valquíria, a escola especial teve sentido em uma época em que não havia informação e não se sabia quais caminhos seguir, agora não mais. “A pedagogia evoluiu, novos caminhos foram descobertos”, diz a especialista, reafirmando que, para ela, a escola regular é a melhor alternativa.
“É claro que a família tem receio de como a criança vai ser recebida no ambiente, da preocupação de quem serão seus amigos, de como vai se relacionar. Mas crianças não têm preconceito, elas aceitam os colegas. O adulto, sim, precisa saber lidar com isso.”
Lenin dos Santos, de cinco anos, tem autismo; depois de uma experiência pouco proveitosa em uma escolinha de bairro, ele agora estuda em um centro especializado de manhã e na rede pública à tarde (Foto: Raul Zito/G1)Lenin dos Santos, de cinco anos, tem autismo; depois de uma experiência pouco proveitosa em uma escolinha de bairro, ele agora estuda em um centro especializado de manhã e na rede pública à tarde
(Foto: Raul Zito/G1)
‘Aprendeu mais com o iPad do que na escola’
O preparo dos adultos, no caso, os professores, no entanto, ainda não chegou a todas as escolas, como já prevê a legislação. Adriana Moral Ramos, coordenadora do Centro Terapêutico Educacional Lumi, especializado em pessoas com autismo e localizado no bairro do Butantã, Zona Oeste da capital paulista, afirma que a maior parte dos alunos que chegam até ela vem justamente de más experiências em escolas regulares. “Os pais escolhem a escola convencional para se aproveitarem do currículo regular, mas depois optam pela especializada para [a criança] não sofrer bullying. No caso do autismo, ainda existe muito preconceito, as escolas acham que, com os problemas de comportamento, o aluno vai desestruturar a sala de aula.”
Depois de ver o filho Lenin retido com crianças mais novas em uma escolinha particular no bairro onde mora, e nas mãos de professores sem formação para atender às suas necessidades, o designer Eduardo Ferreira dos Santos, de 30 anos, decidiu colocá-lo em mãos mais experientes. “Ele aprendeu muito mais sozinho com o iPad em casa do que na escola”, afirmou Santos.
Neste ano, o designer matriculou o filho de cinco anos no Centro Lumi. Para pagar a mensalidade de R$ 1.485, Santos publicou um pedido na internet para receber doações de amigos. Em algumas semanas, conseguiu levantar cerca de R$ 8 mil, mas vai necessitar de R$ 19 mil para manter o filho na escola especial durante um ano. Agora, o designer tenta encontrar uma empresa disposta a pagar a mensalidade do menino e deduzir o gasto do imposto de renda.
Lenin vai ao Lumi pela manhã, e à tarde tem aula em uma escola municipal que conta com uma Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (Saai) e uma professora especializada. Durante o período de adaptação, ela permanece na sala de aula com 29 alunos, três deles com necessidades especiais.
Hércules Ribeiro Antunes foi diagnosticado com autismo aos quatro anos. Hoje, tem 12 anos e estuda na Escola Municipal Pedro Navas (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Hércules Ribeiro Antunes foi diagnosticado com autismo aos quatro anos. Hoje, tem 12 anos e estuda na Escola Municipal Pedro Nava (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Orçamento apertado
Nem toda família, no entanto, consegue pagar um atendimento especial para o filho. “Já corri atrás, mas dizem que [a mensalidade da escola especial] é acima de R$ 800”, diz Maria Lenice Ribeiro dos Santos, mãe do menino Hércules, de 12 anos, diagnosticado com autismo. Ela não trabalha para cuidar dos três filhos, com quem mora em um apartamento de dois quartos em um conjunto habitacional no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo. A família recebe um salário mínimo do governo como benefício garantido por lei à pessoa com deficiência.
Hércules está no sexto ano da Emef Pedro Nava, perto de onde mora. Ele chegou à escola no meio do ano passado, depois que a família mudou de bairro. O menino sabe reconhecer as letras e copiar palavras, mas não consegue ler. Na última segunda-feira (25), sua primeira aula foi de português e, enquanto a professora explicava um exercício sobre substantivos aos demais alunos, Hércules fazia uma tarefa de alfabetização acompanhado de uma professora exclusiva.
“Ele faz atividades de acordo com a habilidade dele, mas dentro do tema trabalhado na sala de aula, para ele se sentir incluído”, explica a professora especializada em inclusão da escola, Márcia Aparecida dos Santos de Oliveira Fausto. Hércules faz atividades na sala especial da escola das 9h às 10h e estuda na sala regular das 13h30 às 15h. “A ideia é que ele vá aumentando o tempo em que fica na escola”, afirmou a mãe.
A dificuldade de Hércules na aula de português reflete outro dado do IBGE: 47,1% da população com algum tipo de deficiência intelectual acima de cinco anos de idade era analfabeta em 2010. Nos casos de pessoas com deficiência visual, auditiva e motora, o índice de analfabetismo caiu para 16,8%, 24,2% e 28,3% respectivamente. A média brasileira, porém, foi de 10,5%, segundo o Censo de 2010.

Semana da Pessoa com Deficiência- Escola Municipal José Gonçalves do Nascimento

A Escola Municipal José Gonçalves do Nascimento, vivenciou a semana passada (05 e 06 de setembro)  atividades alusivas a inclusão da pessoa com deficiência. Foram dois dias bastante produtivos, onde alunos e professores assistiram palestras, filmes, realizaram dinâmicas e oficinas das quais surgiram paródias, coreografias, pintura em telas, cartazes, todos com muita criatividade. Além disso, houve a belíssima apresentação de Tiago Santos, um exemplo de superação e arte.